Há um barulho de tambor dentro da minha cabeça que começa toda vez que ele está por perto ou quando eu vou ao encontro dele.
Eu acho que ele poderia escutar, pois faz um som todo poderoso.
Um barulho na minha cabeça que me joga no chão. Mais alto que sirenes. Mais alto que sinos. Mais doce que o paraíso. E mais quente que o inferno.
Eu mentalmente, tento dissipar tudo isso, corro para a torre onde os sinos da igreja soam na esperança de que eles limpem minha mente de todo aquele barulho de nervosismo.
Eles deixaram chiado nos ouvidos e aquele tambor continua batendo alto e claro.
Enquanto movimento meu pé em direção a ele, eu posso ouvir essa batida enchendo a minha cabeça e ficando mais alto e mais alto.
E eu mentalmente corro para um rio imaginário e mergulho bem fundo
Rezo pra que a água afogue o ruído que ele provoca quando está comigo.
Mas enquanto a água enche minha boca
Ela não consegue lavar os ecos
Eu engulo o som e ele me engole inteira
Até que não haja nada mais dentro da minha alma
Tão vazia quanto a batida seca, mas o som começa de novo.
Descobri que o som desse tambor é o som do medo.
O medo de perdê-lo!
Descobri que o som desse tambor é o som do medo.
O medo de perdê-lo!
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