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O outro lado do cubo mágico

Como já dizia o nosso querido Tom (o Jobim), “É impossível ser feliz sozinho”.
Todos nós, mesmo admitindo que não, sentimos falta de algo ou alguém ao nosso lado. Mas infelizmente, vivemos numa sociedade que se mostra cada vez mais voltada para o individualismo. As pessoas se esquecem que termos como MEU e MINHA se referem a coisas, a situações.  Não a pessoas. E isso se reflete também na forma como encaram seus relacionamentos. MEUS sentimentos, MINHAS prioridades, MEU prazer. E aonde isso tem nos levado? A relações superficiais, onde a preocupação com o outro só é interessante até o ponto que elas sejam coincidentes com as nossas expectativas.
É justo ser julgado assim? Ser considerado inadequado porque não corresponder às expectativas que o outro tinha? É justo julgarmos desta forma? Criar um “padrão alto” que nem nós mesmos somos capazes de atender, se a cobrança for essa?  
Não. O relacionamento ideal não é feito de expectativas criadas em nível estratosférico... e nem de expectativas nulas. Na verdade o relacionamento ideal não existe. Existe sim o relacionamento onde o casal é formado pela visão realista de quem é quem e pela compreensão de ambas as partes. Das suas limitações e das limitações do outro. Dos defeitos também.  




E é isso que torna tudo mais interessante. Essas combinações únicas de características que podem fazer algo dar certo, ou não. Na prática, funciona mais ou menos como um cubo mágico, que de uma simplicidade impressionante surgem milhões e milhões de combinações. Mas só quem tem habilidade consegue “montar o cubo completo”. Habilidade essa que se adquire depois de várias tentativas. O que não desmerece quem monta apenas um dos lados, porque está no caminho, na busca da solução de alguma forma. Basta não desistir, que mais cedo, ou mais tarde, o cubo fica completo.  
De uma forma ou de outra, acabamos aprendendo  a “montar o cubo corretamente”. E assim são os relacionamentos. Alguns passam por muito sofrimento, consideram uma tortura. Outros aprendem rápido. Uns aprendem sozinhos. Outros, por observação. E outros tantos  pedem ajuda de terceiros. 
Nossa vida é feita de experiências. Algumas pessoas já quebram a cabeça (e algumas vezes a cara...) pra montar o cubo mágico. Uns obtiveram êxito depois de algumas tentativas, outros ainda não conseguiram, e alguns privilegiados solucionaram logo na primeira.
O objetivo é: Não desista de montar o seu! Se achar válido tentar novamente, TENTE.  O “cubo mágico” nunca deixou de ser um brinquedo! E brinquedos servem para muitas coisas, mas principalmente, para nos tornar pessoas mais felizes.
Fica ai a dica. 


Um beijo e um queijo

(em breve esse artigo estará disponivel tambem no Mesa de Bar - Muito mais que cerveja! )

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